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Cirurgia da Vesícula Biliar - Colecistectomia

A colecistectomia é a retirada cirúrgica da vesícula biliar.

 

A indicação mais comum de retirada ou ressecção da vesícula é quando ela contém cálculos (pedras) no seu interior, também conhecida por colelitíase.

 

Outras indicações da colecistectomia são:

  • Pólipos da vesícula;

  • Carcinoma da vesícula;

  • Colecistite alitiásica (inflamação da vesícula sem a presença de cálculos); 

  • Tempo cirúrgico de outra cirurgia como hepatectomia ou cirurgia no canal biliar e pâncreas.

A retirada da vesícula pode ser realizada pelo método convencional (técnica aberta) mas na grande maioria das vezes é realizada por vídeo-laparoscópia que se consolidou nos últimos 20 anos como técnica "padrão ouro" principalmente nos casos de colelitíase, tanto que hoje, quase não se admite mais deixar de oferecer esta técnica como primeira opção nestes casos.

 

Na colecistectomia vídeo-laparoscópica o cirurgião acessa a cavidade abdominal e a vesícula através de pequenas incisões de meio a pouco mais de 1 cm após insuflação de gás carbônico dentro do abdômen para criar um espaço seguro de trabalho.

 

A visualização se dá através da filmagem do interior da cavidade abdominal por um sistema de óptico acoplado à uma câmara que transmite a imagem para um monitor de televisão.

 

A remoção da vesícula é feita com instrumentos especiais (pinças, tesouras, etc) que são introduzidos pelas pequenas incisões. A vesícula biliar é retirada da cavidade por um dos orifícios.

No final da cirurgia o gás utilizado é quase totalmente removido e as incisões são suturadas.

 

A colecistectomia vídeo-laparoscópica é muitas vezes erroneamente chamada, entre os leigos, de "cirurgia a laser". O laser tem boa aplicação em outras doenças e não é usado para "quebra" de cálculos da vesícula biliar.

 

Outro erro comum é pensar que na cirurgia da vesícula somente os cálculos serão retirados.

Sempre se remove a vesícula inteira.

 

A vesícula biliar não é um órgão essencial, e o organismo se adapta à ausência dela.

 

Colelitíase significa presença de cálculos (pedras) na vesícula biliar.

 

Quanto à sua composição química, os cálculos biliares podem ser divididos em 2 grupos:

  • Cálculos de colesterol – Representam cerca de 75% dos cálculos da vesícula. Podem ser únicos ou múltiplos e geralmente medem de 1 a 4 cm. Apesar de poderem ser puros de colesterol, a maioria é mista, contendo mais de 70% da sua composição o colesterol.

  • Cálculos pigmentares – Tem como principal componente sais de cálcio e de bilirrubina, tendo menos de 25% de colesterol na composição. Geralmente são múltiplos e medem menos de 1 cm.

A formação de cálculos na vesícula biliar é influenciada por alguns fatores que podem atuar isoladamente ou, mais comumente combinadas.

 

Os principais fatores relacionadas a colelitíase são:

  • Predisposição genética – parentes de pessoas com colelitíase tem um risco aumentado de 2 a 4 vezes para o desenvolvimento de cálculos de vesícula, independente de outros fatores.

  • Idade – A colelitíase é rara na infância e adolescência, e aumenta com a idade.

  • Estrogênio e progesterona – Explica a maior predominância de colelitíase em mulheres entre 20 e 40 anos , multíparas ou que usam anticoncepcionais.

  • Obesidade – Aumenta o risco de colelitíase em 3 vezes. Quase medade das mulheres obesas abaixo de 50 anos tem colelitíase. Emagrecimento rápido importante também aumenta a incidência desta doença.

  • Anemia hemolítica, cirrose, diabetes e dismotilidade da vesícula (associada a algumas cirurgias gástricas)

 

Também são fatores formadores de colelitíase.

Dor no hipocôndrio direito ou epigástrica e cólicas vesiculares típicas apontam para o diagnóstico.

 

Outras vezes predominam os sintomas de plenitude e distensão epigástrica, associadas a náuseas ou vômitos que se seguem a alimentação gordurosa.

 

Sintomas específicos podem surgir em decorrência de complicações da colelitíase.

Dor continua no hipodôndrio direito, associado a febre, náuseas e vômitos são comuns na colecistite aguda.

As principais complicações da colelitíase são:

  • Colecistite aguda e crônica – inflamação da vesicular biliar.

  • Coledocolitíase – migração de cálculos da vesícula para o colédoco (canal biliar).

  • Pancreatite aguda – inflamação do pancreas pela passagem de cálculos no colédoco distal.

O principal exame para confirmação diagnóstica da colelitíase é a Ultrassonografia.

Ela identifica os cálculos da vesícula biliar em mais de 95% dos casos.

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