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Acompanhamento Nutricional

A Obesidade é oficialmente reconhecida uma doença global sendo fator de risco elevado  para doenças crônicas como diabetes, doença cardiovascular, diabetes, doença renal crônica, doença hepática gordurosa não alcoólica e muitos tipos de câncer.

A cirurgia bariátrica é uma intervenção segura e eficaz para pacientes com obesidade sendo a abordagem multiprofissional do paciente, fundamental e obrigatória.

A abordagem nutricional no pré operatório objetiva avaliar a capacidade do paciente de incorporar novos hábitos e comportamento alimentares antes e após a cirurgia bariátrica. A adequação de deficiências de micronutrientes ( vitaminas e minerais), otimização metabólica e preparo imunológico também são objetivos das orientações nutricionais no pré operatório.

No pós-operatório as orientações seguem no sentido de  realizar a progressão gradual da dieta baseado no tipo de procedimento cirúrgico de cada paciente.

Esta progressão acontecerá em fases:

Fase I – Líquidos claros

É utilizada enquanto o paciente está no hospital. 

É constituída de líquidos com baixa caloria, fácil digestão, livre de açúcar, cafeína e de bebidas carbonatadas. Consiste em chás, refrescos, sucos diluídos e coados, caldos.

É bastante restrita quanto ao volume e ao conteúdo de resíduos, apresenta grande fracionamento (aproximadamente a cada 30 minutos).

Estes cuidados têm como objetivo de obter o mínimo trabalho digestivo, preservando a integridade do procedimento cirúrgico.

Fase II – Líquida completa

Iniciada no terceiro dia pós operatório, continua até o 15ºdia.

Mantem os líquidos claros e acrescenta líquidos com baixo teor de carboidratos e gorduras e ricos em proteínas. Nesta etapa estão incluídos sucos diluídos, leite, iogurtes desnatados ou de origem vegetal, bebidas enriquecidas com proteínas , caldos de carne com legumes mais consistentes e suplementos proteicos em pó de acordo com a necessidade de cada paciente.

 

Fase III – Progressão de consistência.

Fase de transição, com introdução de alimentos de textura macia.

A duração desta fase varia de acordo com o tipo de cirurgia e com a tolerância do paciente.

Substitui líquidos contendo proteínas por semisólidos fontes de proteínas, em preparações úmidas, macias, moídas, desfiadas e picadas.

São incluídos alimentos mais íntegros e espessos como frutas amassadas, feijão triturado, ovos, carnes moídas.

O fracionamento das refeições diminui e estabelece-se uma rotina alimentar mais próxima do “normal”.

 

Fase IV – Dieta sólida regular.

Após 1 mês de cirurgia há transição para a alimentação de consistência normal.

A partir desta fase inicia-se uma evolução gradual dos alimentos de consistência mais firme e maior teor de fibras, sempre respeitando a tolerância individual.

Os pacientes são orientados sobre os princípios da alimentação saudável, incluindo 5 porções diárias de frutas e hortaliças. A ingestão de proteínas deve ser priorizada e individualizada de acordo com sexo, idade e peso, com ingestão mínima de 60g e até 1,5g/kg peso ideal.

Açúcar e doces concentrados devem ser restritos para evitar a Síndrome de Dumping.

Alimentos e bebidas devem ser escolhidos de forma a minimizar o refluxo, produzir saciedade e maximizar a perda de peso.

Os procedimentos cirúrgicos podem resultar em deficiências nutricionais que podem ocorrer devido a baixa ingestão alimentar ou por falta de absorção/digestão adequadas.

Como prevenção, a adequação proteica deve ser individualizada, iniciada precocemente e mantida até que o paciente atinja uma ingestão segura através dos alimentos.

Um suplemento multivitamínico e multimineral será aconselhado para uso na rotina diária, a longo prazo.

Como algumas deficiências podem se manifestar ou progredir com o tempo, os pacientes devem ser acompanhados com a frequência e regularidade determinadas pela equipe a fim de prevenir/evitar complicações nutricionais.

O principal objetivo de qualquer intervenção terapêutica é melhorar a saúde e a qualidade de vida do paciente.

A nossa equipe acredita que o caminho para o paciente obter o sucesso desejado é permitir ser cuidado por uma equipe multiprofissional.

A obesidade é uma doença crônica e multifatorial e a cirurgia bariátrica não finaliza seu tratamento.

É o início de um período de mudanças de comportamento, de  hábitos alimentares e inclusão de exercícios físicos na rotina diária para adoção de estilo de vida saudável.

Maria Emília de Souza Fabre

Nutricionista Clínica

CRN10 - 0137

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